Em 2002, o pastor reformado John Piper publicou um livro sob o título Irmãos, nós não somos profissionais em que defende a tese de que os pastores estão sendo massacrados pelo que chamou de “profissionalização do ministério pastoral”1. De acordo com Piper, essa distorção do ministério pastoral se manifesta a partir do discurso que pressiona os pastores a buscarem a profissionalização terapêutica e gerencial, sem a devida preocupação com a devoção espiritual e vocacional.

Dez anos depois, no prefácio da segunda edição, Piper afirma que nada aconteceu em todos esses anos para fazê-lo pensar que o livro tenha se tornado menos necessário, visto que ao invés de ir embora, a pressão silenciosa pela profissionalização do ministério pastoral se transformou e se fortaleceu, principalmente entre os pastores mais jovens, no sentido de exigir que sejam tão bons em se comunicar quanto os profissionais da mídia, especialmente os anti-heróis e os comediantes2.

Embora compartilhe da preocupação de Piper acerca do esvaziamento vocacional e espiritual do ministério pastoral que o motivou a escrever esse livro, acredito que a imprecisão conceitual dos termos “profissional”, “profissionalismo” e “profissionalização” usados de forma indiscriminada, produz efeitos colaterais indesejados que, ao que parece, não colaboram para uma teologia do ministério equilibrada e fundamentada nas Escrituras.

Antes de apresentar os motivos que me levam a discordar de Piper nesse assunto, é preciso deixar claro que não estou questionando seu ministério, sua devoção ou sua teologia reformada. Apenas acredito que sua abordagem desse tema específico não produz o resultado desejado por ele por servir de matéria-prima para uma visão desequilibrada acerca da prática do ministério pastoral.

Sendo assim, o objetivo deste artigo é refletir acerca de alguns termos relacionados com a prática do ministério pastoral, com o propósito de demonstrar que essa abordagem do tema reforça preconceitos presentes nos discursos tanto de teólogos acadêmicos quanto de pastores, sem a devida justificativa teológica, comprovação histórica e fundamentação bíblica.

Para isso, apresentarei uma revisão conceitual do termo “profissional”, contrastando-o com o conceito de “mercenário” e “amador” para demonstrar que o primeiro termo em nada compromete, antes reflete o conceito bíblico da atividade pastoral.

Um conceito cristão da atividade profissional

Infelizmente, a teologia prática contemporânea tem se tornado uma babel semântica. As mesmas palavras, utilizadas sem o devido esclarecimento do que se pretende dizer, possuem significados completamente diferentes e, não raras vezes, contraditórios. Christian A. Schwarz, em seu livro Mudança de paradigma na igreja, chama esse fenômeno de “propósitos cruzados” para explicar “por que a mesma frase que aquece o coração de uma pessoa causa em outra um frio perturbador no estômago”3.

Essa realidade pode ser percebida quando se junta na mesma frase as palavras “pastor” e “profissional”. Há praticamente um consenso entre os pastores, especialmente os reformados, que não é biblicamente correto afirmar que são profissionais. As justificativas para tal alegação podem ser divididas em duas compreensões acerca do que é um profissional. A primeira entende o profissional como um mercenário que trabalha sem valores éticos e morais visando interesses mesquinhos e a segunda define o profissional como um amador que não possui as qualidades pessoais e/ou as habilidades técnicas necessárias para o adequado exercício do trabalho.

A visão do profissional como mercenário

O primeiro motivo que leva os pastores a recusarem o adjetivo “profissional” para o trabalho que fazem está no fato de atribuírem a esse termo o conceito de mercenário. Historicamente, o termo mercenário foi utilizado para designar os soldados que lutavam visando o pagamento ou a divisão dos despojos, sem ideais ou fidelidade a um estado ou nação. Em nossos dias, o termo mercenário pode ser extendido a qualquer pessoa que age ou trabalha apenas por interesse financeiro ou por algo que represente vantagens materiais.

Ninguém nega a legitimidade do pastor ser sustentado pela igreja em seu trabalho ministerial, afinal, foi acerca dos presbíteros, especialmente dos que se dedicavam à pregação e ao ensino, que Paulo afirmou que “o trabalhador merece o seu salário” (1 Timóteo 5.17-18). Porém, as Escrituras condenam quando os pastores negociam a palavra de Deus “visando a algum lucro” (2 Coríntios 2.17) ou quando se tornam “ávidos por lucro desonesto” (Tito 1.7).

Nesse sentido, os pastores estão corretos em afirmar que sua motivação para servir a Deus não deve ser o retorno financeiro ou a promoção pessoal. O problema está na escolha da palavra profissional para descrever essas características quando deveriam utilizar o termo mercenário. É preciso lembrar que o fator que diferenciava um soldado de um mercenário não era o tipo de trabalho que realizava mas sim a motivação que o levava a se dedicar àquele trabalho. Não estava relacionado com o “o quê”, mas sim com o “por quê”.

Se o que define um mercenário é a motivação com a qual trabalha, o cargo que ocupa ou a função que exerce se torna um elemento insignificante. E assim sendo, não devemos fazer um contraste entre “pastores vocacionados” e “pastores profissionais”, mas sim entre “pastores vocacionados” e “pastores mercenários”. Repare que ambos possuem o mesmo cargo (são pastores), exercem a mesma função (pregam, ensinam, administram, etc.), porém, dependendo das motivações que possuem, se encaixam em uma ou em outra classificação.

Além disso, a Bíblia não restringe aos pastores a exortação quanto ao perigo em se buscar dinheiro e promoção pessoal, mas exorta a todos os cristãos a conservar-se livres do amor ao dinheiro (Hebreus 13.5) e a não praticar boas obras “diante dos homens para serem vistos por eles” (Mateus 6). O apóstolo Paulo orienta os cristãos escravos a servirem os seus “senhores terrenos” com sinceridade de coração como se estivessem servindo a Cristo e não a homens (Colossenses 3.22-24). Em Filipenses 2.3 exorta os cristãos a não fazerem nada por ambição egoísta ou por vaidade.

Nenhum cristão deve colocar o retorno financeiro como um fim, antes deve entendê-lo como um meio para promover um propósito maior. Um empresário cristão do setor alimentício, por exemplo, deve ter como missão promover a melhor alimentação pelo menor custo possível, gerenciando profissionalmente o seu negócio para que tenha lucro e assim continue servindo a sociedade com os seus serviços. Já o empresário mercenário não está comprometido em oferecer um bom produto ou serviço com o preço mais atrativo possível porque só pensa em ganhar dinheiro a qualquer custo.

Uma frase atribuída ao fundador da Newport News Shipbuilding and Drydock Company, Collins Potter Huntington, expressa esse conceito: “Construiremos aqui bons barcos; com lucro se pudermos, com prejuízo se necessário, mas sempre bons barcos”. Se um pastor não pode adulterar o conteúdo do evangelho para obter lucro desonesto, um empresário cristão também não pode adulterar o seu produto para aumentar sua margem de lucros.

É certo que se uma empresa não alcançar a receita financeira necessária para custear suas operações não conseguirá se manter por muito tempo. Da mesma maneira, uma igreja precisa de recursos para custear a sua estrutura para continuar servindo ao Senhor com a pregação do evangelho. Uma vez que Deus não habita em templos feitos por mãos humanas (Atos 17.24), não importa se o servimos como pastores numa instituição religiosa ou como gerente numa agência bancária, não podemos ser mercenários se quisermos manter nosso compromisso com o evangelho de Cristo.

O problema é que fechamos os nossos olhos para os princípios bíblicos que devem nortear a vida do cristão em todas as suas esferas e reduzimos sua amplitude apenas à sua manifestação religiosa. O que estamos propondo não é que o ministério pastoral seja rebaixado às práticas do mercado, mas que todos os cristãos – pastores ou não – apliquem o evangelho em suas atividades profissionais.

Portanto, se “o profissionalismo”, como afirma John Piper, “nada tem a ver com a essência e o cerne do ministério cristão”4, o termo profissional não deve ser aplicado a nenhum cristão, seja ele pastor, médico, advogado, pedreiro, administrador, contador, professor ou militar. Afinal, “não existe diferença essencial de identidade entre um pastor e um cristão recente, entre um bispo e um crente de classe média. Haverá uma distinção de papel, na maneira como cada um serve aos outros. Mas cada cristão deve encontrar sua identidade no fato de que agora, em Cristo, ele tornou-se parte do povo de Deus”5.

Quando lemos nas Escrituras as histórias de homens como José do Egito e Neemias, percebemos que foram chamados, capacitados e direcionados por Deus para exercerem sua profissão através de uma instituição não religiosa visando promover a vontade de Deus. Infelizmente, muitos cristãos contemporâneos acreditam que somente os pastores, através das instituições religiosas, estão a serviço de Deus. Contudo, nada está mais distante de uma teologia adequada do ministério cristão a partir da doutrina do sacerdócio de todos os crentes defendida por Lutero.

A visão do profissional como amador

Por mais estranho e contraditório que possa parecer, o segundo motivo que leva os pastores a recusarem o adjetivo “profissional” para o trabalho que fazem está no fato de atribuírem a esse termo o conceito de amador. O termo amador transmite a ideia de alguém que não possui as qualificações necessárias para executar uma tarefa, uma função ou ofício. Assim como o termo “mercenário” se opõem ao profissional no contexto da motivação, o “amador” contrasta no âmbito da qualificação.

John Piper rejeita a aplicação do termo profissional ao ministério pastoral através das seguintes palavras: “[…] não existe a versão profissional do ‘tornar-se como criança’ (Mt 18.3); não existe compassividade profissional (Ef 4.32); não existem anseios profissionais por Deus (Sl 42.1). […] Como é possível carregar uma cruz de modo profissional? Nós fomos crucificados com Cristo e vivemos pela fé naquele que nos amou e a si mesmo se deu por nós (Gl 2.20). O que seria, então, a fé profissional?”

Antes de abordarmos a questão da visão do profissional como amador, precisamos diferenciar aquilo que as Escrituras nos exortam a ser e aquilo que nos encorajam a fazer. Permita-me usar uma ilustração para explicar melhor meu argumento. Suponha que você tenha um copo em suas mãos. Divida mentalmente a área do copo em três parte e, a partir do fundo do copo, trace uma linha na parte que represente dois terços. Escreva, na parte de cima da linha, a palavra “ministério”; e na parte de baixo você escreva “espiritualidade”.

Os dois terços inferiores representam aquilo que a Bíblia afirma o que todo cristão deve ser e a última parte representa aquilo que as Escrituras nos ensinam que cada ministro deve fazer. Todo cristão deve possuir as mesmas características na parte que representa a espiritualidade, porém, como Deus dá diferentes ministérios e dons aos membros do seu corpo, cada cristão terá habilidades distintas na parte superior que representa o ministério cristão.

Sendo assim, para que você seja um ministro segundo os princípios bíblicos se faz necessário, primeiramente, que as características da espiritualidade cristã se manifestem em sua vida para suportar as habilidades ministeriais, visto que o caráter deve preceder o carisma.

Agora que entendemos a diferença entre o ser e o fazer, podemos voltar à questão acerca da visão do profissional como amador. O problema do argumento de Piper é que atribui ao termo profissional exigências que não se restringem ao ministério pastoral por se tratar de características relacionadas com a espiritualidade cristã e não com o ministério. Todo cristão, e não apenas os pastores, deve tornar-se como criança, ansiar por Deus, carregar a cruz.

Um pastor precisa ter essas características porque antes de ser chamado para o ministério pastoral, fora eleito para o corpo de Cristo. A razão de não existir compaixão profissional, está no fato de que isso diz respeito àquilo que o ser humano deve ser e não àquilo que deve fazer. Mesmo não existindo a honestidade profissional, espera-se que o profissional, independente da função ou cargo que esteja exercendo, seja honesto.

Nem todo cristão precisa conhecer profundamente as técnicas da exegese, da hermenêutica, da homilética ou da poimênica visto que não possuem o chamado para o ministério pastoral. Contudo, um pastor que não consegue interpretar um texto bíblico levando em consideração as questões gramaticais, históricas e teológicas que tal tarefa envolve, pode ser corretamente descrito como um “pastor amador”, uma vez que não atende a exigência bíblica de “apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja corretamente a palavra da verdade” (2 Timóteo 2.15).

Da mesma maneira, um pastor não precisa conhecer os procedimentos que envolvem o diagnóstico e tratamento de doenças físicas por não ter a vocação para exercer a medicina. Nem mesmo precisa conhecer todo o conteúdo jurídico que envolve o sistema de justiça por não ter a vocação para advogar. Apesar de exercerem atividades diferentes, tanto um médico quanto um advogado cristão devem – assim como um pastor – aplicar em suas atividades profissionais os valores e princípios do evangelho.

Uma consequência negativa dessa visão acerca do conceito do termo profissional como amador é que gera uma falsa ideia de que os pastores não precisam se preparar por meio do estudo e da experiência para o exercício do ministério pastoral. Afinal, “Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos”, certo? Errado!!! Deus capacita homens e mulheres com os dons e as experiências necessárias para que o sirvam de acordo com o seu propósito.

Se você entende que Deus o chamou para exercer uma determinada função dentro ou fora da igreja, busque a capacitação necessária para cumprir o seu chamado – pregando, ensinando, administrando, vendendo, limpando, etc. – não importando se o local em que essa atividade é exercida seja uma igreja, empresa ou governo.

A visão do profissional como ministro

Diante de tudo que já apresentamos, resta-nos responder à seguinte questão: porque os pastores devem ser profissionais? Para responder a essa pergunta, precisamos definir o que entendemos por profissional:

O profissional é aquele que se capacita para executar uma função, tarefa ou ofício com a qualidade conceitual, técnica e funcional superior a uma pessoa que não seja profissional.

A ênfase dessa definição está na competência que diferencia um profissional daqueles que não o são. A razão dessa ênfase encontra-se no fato de que considero que as questões éticas e morais não se constituem algo relacionado com o adjetivo profissional, mas sim com as suas qualidade como ser humano que transcende sua atividade profissional. Diante dessa definição do termo profissional, quero apresentar alguns argumentos para justificar sua aplicação ao ministério pastoral:

a. A remuneração financeira não é a única motivação de um profissional. Há um senso comum, até mesmo entre as pessoas que aceitam o adjetivo profissional para descrever o que fazem, que o único motivo para trabalharem é a remuneração financeira. Apesar desse consenso, acredito que poucas pessoas de fato possuem na remuneração financeira sua única motivação e mesmo que seja, essas pessoas não conseguirão se manter motivadas por muito tempo.

Até mesmo as organizações já entenderam que embora a remuneração financeira seja um fator motivacional importante, não é suficiente para manter sua equipe focada em seus projetos.  A Hierarquia de Necessidades elaborada Abraham Maslow, também conhecida com a Pirâmide de Maslow, classifica de forma progressiva as necessidades humanas em cinco categorias, sendo elas: 1) fisiológicas, 2) segurança, 3) sociais, 4) estima e 5) realização pessoal. De acordo com a sua teoria, as necessidades de nível mais baixo, como as fisiológicas, precisam ser satisfeitas antes das necessidades de nível mais alto.

Vale lembrar que são os seres humanos que possuem essas necessidades, abrangendo tanto o pessoal quanto o profissional. Sendo assim, todo profissional busca aumentar sua renda para sustentar sua família e promover sua segurança. Porém, a remuneração financeira não se constitui o único motivo para escolher uma profissão e dedicar a sua vida nessa atividade como muitas vezes é dito por pastores e teólogos em seu discurso “não somos profissionais”.

b. A profissionalização não é sinônimo de deteriorização ética e moral. Certa vez li um artigo que afirmava que “o pastor profissional não é um homem de Deus” e confesso que não consegui entender a relação entre as duas coisas. Quando preciso me submeter a um procedimento operatório, espero que o médico que irá conduzir a cirurgia seja um profissional qualificado e que, caso seja cristão, ore a Deus para que o conduza nessa atividade. Todo cristão, não importa qual seja a atividade que esteja exercendo, deve buscar a Deus em oração e obediência para que possa alcançar os objetivos propostos.

Em 1 Coríntios 10.31, o apóstolo Paulo afirma que “quer vocês comam, quer bebam, quer façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus“. Em seu livro Desafios da liderança cristã, o reverendo John Stott apresenta o princípio baseando em Colossenses 3.23 de que devemos fazer tudo como para o Senhor.

“Este é o princípio”, declara Stott, “que podemos aplicar a tudo o que fazemos. É possível limpar um quarto como se estivéssemos esperando uma visita de Jesus Cristo. É possível preparar uma refeição como se fôssemos Marta e Jesus estivesse vindo para comer conosco. É possível escrever uma carta como se Cristo fosse lê-la. É possível visitar uma casa como se Jesus vivesse nela”6.

O ministério pastoral não pode ser entendido como o único a serviço de Deus, visto que o corpo de Cristo é composto por muitos membros com funções diferentes. E o corpo de Cristo transcende às instituições religiosas que assim como qualquer outra instituição no mundo enfrenta o desafio de se manter fiel à missão para a qual foi fundada.

A igreja de Cristo está espalhada em diferentes instituições, através das mais variadas profissões, desde que homens e mulheres, sob o poder transformador do Espírito Santo, cumpram sua missão nesse mundo quer governando instituições públicas, quer empreendendo através de instituições comerciais e financeiras, quer através de instituições religiosas que capacitem todos os cristãos a exercerem seus ministérios através dos dons e habilidades concedidos por Deus para servi-lo por onde quer que forem.

Notas

1. Cf. PIPER, John. Irmãos, nós não somos profissionais: um apelo aos pastores para ter um ministério radical. São Paulo: Shedd Publicações, 2009. p. 15.

2. Cf. PIPER, John. Brothers, we are not professionals: a plea to pastors for radical ministry. 2. ed. Nashville, Tennessee: B&H Publishing Group, 2013. p. IX.

3. SCHWARZ, Christian A. Mudança de paradigma na igreja: como o desenvolvimento natural da igreja pode transformar o pensamento teológico. Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2001. p. 8.

4. PIPER, 2009. p. 15.

5. RICHARDS, Lawrence O.; MARTIN, Gib. Teologia do ministério pessoal: os dons espirituais na igreja local. São Paulo: Edições Vida Nova, 1984. p. 10.

6. STOTT, John. Desafios da liderança cristã. Viçosa, MG: Ultimato, 2016. p. 45.

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